sábado, 20 de março de 2010



Eu.
Que palavra pequena para nomear algo tão grande...
Grande por ser tão complexo, amplo.
E me atrevo até em dizer ilimitado,
Inconstante,
Indefinível.
Talvez a relatividade exista por causa do 'eu'.
Do indivíduo, e ainda mais específico...
De mim mesma.

A constância em mim só existe se for a constância mudança.
Apenas por viver cada dia a uma maneira.
Não mudando os valores, mas os resultados.
Talvez por ter alvos diferentes a cada envelhecer.

Me adapto a mim mesma...
Já que a mudança é inevitável,
E muitas vezes, inconsciente.
Há uma vida inteira pra conhecer a si mesmo...
Mas ainda não é suficiente.
Tentei refletir sobre o meu 'eu'...
E me vi em um labirinto.
A cada passo algo diferente.
Percebi que seria uma busca sem destino...
Recolho-me, então, na minha ignorância.
Não há um manual que nos explique.
Subjetivo demais para ser compreendido por inteiro.

Eu.
Que sou pequena, assim como esta palavra.
Que nada tenho, além de duas vogais.
E que talvez, não possa haver um ponto final após mim.
Reticências...
Sou reticências...
Sempre há algo além de mim.
Algo que vem depois...
Que eu ainda desconheço.

Eu...
Diferente de ontem,
Sou hoje o que não serei amanhã.
E por mais que se tente ampliar o 'eu',
Sempre será esta palavra humilde...
Mas ainda temos o privilégio de pertencer a Deus.
Porque estamos no meio DEle.
Mesmo assim somos pequenos.
Ainda menores diante DEle.
Abandono então, a minha constante busca por mim mesma...
E escolho por seguir a constante busca por Deus.
A quem é digno de ser conhecido, reconhecido e louvado.

Lindsey Soren.